Estudo apresentado hoje, no terceiro dia do EASD 2024, revela a forte ligação entre resistência à insulina e declínio cognitivo em idosos. A pesquisa mostra como a menor captação de glicose e a conectividade cerebral prejudicada impactam funções como memória e reconhecimento. Para mais detalhes, acesse o link e confira o conteúdo completo!
Pesquisas recentes apontam uma forte relação entre a resistência à insulina (RI) e o comprometimento cognitivo, além de alterações na estrutura e função do cérebro. Um estudo conduzido por pesquisadores da Mayo Clinic e da Universidade Hanyang investigou como a RI afeta a captação de glicose no cérebro, a conectividade entre diferentes regiões cerebrais e o desempenho cognitivo em idosos. A resistência à insulina, frequentemente associada a distúrbios metabólicos como o diabetes tipo 2, já havia sido relacionada a um risco aumentado de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, mas os mecanismos ainda não são totalmente conhecidos.
O estudo incluiu 59 participantes entre 60 e 80 anos com diferentes níveis de sensibilidade à insulina. Através de técnicas de imagem avançadas, como ressonância magnética e 18F-FDG-PET, os pesquisadores identificaram que maiores níveis de resistência à insulina estavam associados a uma menor captação de glicose em áreas importantes do cérebro, como os lobos occipital, temporal e parietal. Além disso, a ressonância funcional mostrou uma conectividade cerebral prejudicada entre regiões corticais e subcorticais, o que foi correlacionado com pior desempenho cognitivo, especialmente em tarefas de memória e reconhecimento de leitura.
Estudos pré-clínicos com camundongos, nos quais os receptores de insulina foram removidos de neurônios específicos, corroboraram esses achados. Os animais apresentaram prejuízos na função cognitiva e redução na atividade mitocondrial, sugerindo que a resistência à insulina no cérebro pode prejudicar diretamente a cognição e a produção de energia celular.