Efeitos da Resistência à Insulina no Cérebro e no Desempenho Cognitivo - MDHealth - Educação Médica Independente
quarta-feira sep 18, 2024

Efeitos da Resistência à Insulina no Cérebro e no Desempenho Cognitivo

Escrito por: Plataforma Med.IQ em 12 de setembro de 2024

2 min de leitura

Estudo apresentado hoje, no terceiro dia do EASD 2024, revela a forte ligação entre resistência à insulina e declínio cognitivo em idosos. A pesquisa mostra como a menor captação de glicose e a conectividade cerebral prejudicada impactam funções como memória e reconhecimento. Para mais detalhes, acesse o link e confira o conteúdo completo! 

 

Pesquisas recentes apontam uma forte relação entre a resistência à insulina (RI) e o comprometimento cognitivo, além de alterações na estrutura e função do cérebro. Um estudo conduzido por pesquisadores da Mayo Clinic e da Universidade Hanyang investigou como a RI afeta a captação de glicose no cérebro, a conectividade entre diferentes regiões cerebrais e o desempenho cognitivo em idosos. A resistência à insulina, frequentemente associada a distúrbios metabólicos como o diabetes tipo 2, já havia sido relacionada a um risco aumentado de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, mas os mecanismos ainda não são totalmente conhecidos. 

O estudo incluiu 59 participantes entre 60 e 80 anos com diferentes níveis de sensibilidade à insulina. Através de técnicas de imagem avançadas, como ressonância magnética e 18F-FDG-PET, os pesquisadores identificaram que maiores níveis de resistência à insulina estavam associados a uma menor captação de glicose em áreas importantes do cérebro, como os lobos occipital, temporal e parietal. Além disso, a ressonância funcional mostrou uma conectividade cerebral prejudicada entre regiões corticais e subcorticais, o que foi correlacionado com pior desempenho cognitivo, especialmente em tarefas de memória e reconhecimento de leitura. 

Estudos pré-clínicos com camundongos, nos quais os receptores de insulina foram removidos de neurônios específicos, corroboraram esses achados. Os animais apresentaram prejuízos na função cognitiva e redução na atividade mitocondrial, sugerindo que a resistência à insulina no cérebro pode prejudicar diretamente a cognição e a produção de energia celular. 

Referência

  1. Ruegsegger, G.N., Pataky, M.W., Jo, H., et al., Association of insulin resistance and cognition concurrent to changes in brain glucose uptake, structure, and network connectivity. LBA 29 Disponível em: EASD 2024 – Association of insulin resistance and cognition concurrent to changes in brain glucose uptake, structure, and network connectivity (abstractsonline.com)