O primeiro dia do Congresso American College of Cardiology (ACC) 2025 trouxe novidades importantes para a prática clínica da cardiologia. Neste vídeo, diretamente de Chicago, Dr. Pedro Barros ‡ comenta sobre os destaques de quatro estudos apresentados na terceira sessão de Late Breaking Clinical Trials. Para saber mais, acesse e confira na íntegra!
‡ Médico Cardiologista, Senior Trialist do BCRI, Diretor de Ensino e Coordenador da Pós-graduação em Pesquisa Clínica do Med.IQ Academy.
Diretamente de Chicago, no ACC 2025, o cardiologista Dr. Pedro Barros compartilhou os principais achados da terceira sessão de Late Breaking Clinical Trials, marcada pela apresentação dos estudos SOUL, ADVANCE-HTN e DapaTAVI, contando também com a apresentação de um modelo de inteligência artificial para a predição de infarto do miocárdio (IM).
O estudo SOUL1 avaliou o uso de semaglutida oral em pacientes diabéticos com doença cardiovascular aterosclerótica e/ou doença renal crônica, para determinação do risco de eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE – do inglês, major adverse cardiovascular events). Dr. Pedro Barros ressalta a relevância dos resultados inéditos observados com a formulação oral de semaglutida e sugere que estes podem implicar em uma revisão nas práticas clínicas e nas diretrizes atuais.
O estudo ADVANCE-HTN2 avaliou o uso de lorundrostate, uma nova molécula inibidora da produção de aldosterona, quanto à capacidade de redução de pressão arterial em pacientes com hipertensão não controlada. Os resultados demonstraram uma redução significativa e sustentada da pressão arterial nessa população de difícil controle, mas outras análises ainda estão em andamento.
Dr. Pedro Barros também comenta sobre um estudo que desenvolveu um modelo de inteligência artificial para predição de revascularização através de eletrocardiograma (ECG)3. O modelo foi treinado a partir de quase 145.000 registros de admissões na emergência e validado em outra população, demonstrando boa performance tanto na predição de revascularização quanto na detecção de IM tipo 1, sendo uma ferramenta interessante principalmente para o manejo de pacientes com IM sem supradesnivelamento do segmento ST.
Por fim, o estudo DapaTAVI4 avaliou a eficácia da dapagliflozina (10 mg por dia) em comparação com o tratamento padrão isolado em pacientes com estenose aórtica submetidos a implante transcateter de válvula aórtica (TAVI – do inglês, transcatheter aortic-valve implantation). A justificativa do estudo foi a necessidade de opções terapêuticas para pacientes pós-TAVI, que frequentemente apresentam condições residuais não totalmente atendidas. Em um comentário editorial de acompanhamento, um dos autores do estudo destaca que houve maior benefício em pacientes mais idosos e afirma que os inibidores de SGLT-2 são seguros nessa população, apesar de serem sub-prescritos devido à falta de inclusão desse subgrupo na maioria dos ensaios clínicos.
A análise completa de cada um desses estudos será aprofundada ao longo do congresso e na LIVE pós-ACC 2025, que será transmitida no nosso canal . Acompanhe a cobertura em tempo real pelo grupo CardioUpdate — na Med.IQ, o conhecimento vem direto da fonte.