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O estudo DARWIN-Renal, apresentado no primeiro dia do Congresso European Association for the Study of Diabetes (EASD), avaliou comparativamente a capacidade de preservação da função renal entre inibidores de SGLT2 e agonistas do receptor GLP-1 em indivíduos com diabetes tipo 2
A doença renal crônica (DRC) é uma das comorbidades atreladas ao diabetes tipo 2 e representa uma sobrecarga importante nos sistemas de saúde ao redor do mundo. O tratamento terapêutico da DRC diabética pode incluir bloqueadores do sistema renina-angiotensina, inibidores do cotransportador 2 de sódio-glicose (SGLT2i) e agonistas do receptor do peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1RA).
No primeiro dia do Congresso European Association for the Study of Diabetes, foi apresentado o DARWIN-Renal, um estudo retrospectivo multicêntrico, que comparou o impacto renal de SGLT2i e de GLP-1RA em indivíduos com diabetes tipo 2, tendo como desfecho primário a alteração na taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) e como desfecho secundário a alteração na albuminúria. Os critérios de exclusão do estudo foram uso concomitante de insulina, terapia com SGLT2i ou GLP-1RA nos últimos 12 meses ou uso simultâneo de SGLT2i e GLP-1RA.
Foram incluídos 11.402 participantes diabéticos, segmentados em dois grupos: (a) n=5.701, novos usuários de SGLT-2i e (b) n=5.701, novos usuários de GLP-1RA. Todos os participantes foram avaliados para TFGe e albuminúria basal e 23% tinham DRC definida por esses critérios.
Os participantes foram acompanhados por 54 meses e, ao final da análise comparativa, foram observados melhores resultados renais no grupo SGLT2i, em relação ao grupo GLP-1RA. As evidências foram demonstradas por um menor declínio da TFGe ao longo do tempo e maior proteção contra o agravamento da classe de DRC. Esses dados sugerem que o tratamento com SGLT2i em indivíduos com diabetes tipo 2 é mais eficaz na proteção da função renal nessa classe de pacientes.
