Neste vídeo, Dr. Alexandre Naime Barbosa, médico infectologista, Professor Doutor e Chefe do Departamento de Infectologia na UNESP e Coordenador Científico da Sociedade Brasileira de Infectologia compartilha as principais novidades do segundo dia do Congresso IDWeek 2024. Acesse e confira na íntegra!
Entre os dias 16 e 19 de outubro de 2024, aconteceu em Los Angeles o Congresso IDWeek, evento anual promovido pela Sociedade Americana de Doenças Infecciosas (IDSA), Sociedade Americana de Epidemiologia da Saúde (SHEA), Associação de Medicina do HIV (HIVMA), Sociedade de Doenças Infecciosas Pediátricas (PIDS) e Sociedade de Farmacêuticos de Doenças Infecciosas (SIDP). O congresso apresenta as principais atualizações no campo da infectologia, com a participação do Dr. Alexandre Naime, responsável por compartilhar as novidades mais relevantes discutidas no evento.
No segundo dia do congresso, o Dr. Alexandre Naime apresentou os principais assuntos discutidos na plenária sobre o tema “O desafio dos fluxos migratórios nos EUA e no mundo”, com foco em “Como gerenciar doenças infecciosas em pessoas recentemente reassentadas em migração”. Ele destacou a importância da triagem e acolhimento dessas pessoas, especialmente em relação a doenças endêmicas, como por exemplo a doença de Chagas entre os imigrantes brasileiros nos EUA. Diversos profissionais participaram da discussão sobre esses desafios de saúde.
Outro destaque foi a mesa redonda sobre “Realidade virtual e prevenção de infecções”, onde foram apresentadas diversas ferramentas de realidade virtual e expandida já utilizadas nos EUA para identificar falhas em processos, como na limpeza e desinfecção de equipamentos médicos, além de discutir fundamentos de prevenção e controle de infecções. Também foi debatido o tratamento da hepatite C na gravidez, com um consenso de que gestantes devem ser tratadas seguindo protocolos atuais para uso de antivirais, diferente da prática comum no Brasil que adia o tratamento até o fim da gestação.
Um dos trabalhos apresentados abordou a transmissão materno-fetal do HIV, analisando o período de 2009 a 2021. O estudo revelou que metade das crianças nascidas com HIV não recebeu profilaxia pós-natal, evidenciando um grande déficit na testagem e tratamento do HIV tanto durante a gestação quanto no pós-natal. Outro trabalho importante discutido foi a determinação genética de genes de resistência associados a maior mortalidade em infecções. Este estudo mostrou que 38% das amostras de sangue de pacientes com infecções de corrente sanguínea apresentavam o gene blaNDM, associado a maior mortalidade, destacando a importância de um mapeamento genético para melhorar a escolha de antibióticos em infecções hospitalares.