Neste vídeo, Dr. Pedro Barros¹ e Dr. Remo Furtado² comentam sobre os resultados de tirzepatida para pacientes com Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada e Obesidade (SUMMIT Trial) e destacam os pontos mais importantes apresentados no AHA 2024. Quer saber mais? Acesse e confira na íntegra.
- Médico Cardiologista, Senior Trialist do BCRI, Diretor de Ensino e Coordenador da Pós-graduação em Pesquisa Clínica da Med.IQ Academy
- Médico Cardiologista, Coordenador da Pós-graduação em Pesquisa Clínica da Med.IQ Academy e Professor Colaborador da Faculdade Diretor de Pesquisa do BCRI
A tirzepatida, um duplo agonista dos receptores de GLP-1 e GIP, tem demonstrado superioridade em relação à semaglutida na redução de peso corporal em estudos prévios com pacientes obesos. No entanto, análises mais recentes têm buscado compreender outros benefícios adicionais associados à essa molécula, reforçando sua relevância no manejo de doenças cardiometabólicas.
Com o objetivo de avaliar a segurança e eficácia da tirzepatida entre pacientes com obesidade e insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP), o estudo SUMMIT incluiu 731 participantes diagnosticados com ICFEP e obesidade, randomizados em dois grupos: grupo tirzepatida e grupo placebo. O grupo tirzepatida recebeu doses iniciais de 2,5mg, com aumento a cada 4 semanas, até atingir a dose máxima de 15 mg. O acompanhamento médio foi de 2 anos, com duração máxima de até 3 anos, e o desfecho primário composto foi definido por uma combinação de morte por causas cardiovasculares ou piora da insuficiência cardíaca (IC). Os resultados do estudo demonstraram uma taxa de morte e piora da IC em 9,9% no grupo tirzepatida, enquanto no grupo placebo foi de 15,3% (Hazard Ratio [HR] 0,62, p=0,026).
Dr. Pedro comenta sobre as poucas opções terapêuticas disponíveis atualmente para o tratamento de ICFEP, ressaltando o benefício clínico que esses resultados trazem, mas reforça que a mudança do estilo de vida é um pilar essencial para a melhora da qualidade de vida desse perfil de pacientes.
Os especialistas ainda comentam sobre resultados adicionais observados no SUMMIT, como alteração na escala Kansas – Kansas City Cardiomyopathy Questionnaire Clinical Summary Score (KCCQ-CSS), alteração percentual na proteína C-reativa de alta sensibilidade (PCR-us) e redução do peso corporal e levantam o questionamento sobre o que pode vir de novo nas próximas atualizações de diretrizes internacionais.
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