Prof. Renato Lopes, líder do estudo Guard-AF trial, comenta os resultados do estudo sobre rastreamento prolongado de fibrilação atrial em pacientes idosos

Neste vídeo, Dr. Pedro Barros, Médico Cardiologista, Senior Trialist do BCRI, Diretor de Ensino e Coordenador da Pós-graduação em Pesquisa Clínica da Med.IQ Academy, conversa com o Dr. Renato Lopes, Médico Cardiologista, Professor da Duke University, Fundador do BCRI e líder do estudo Guard-AF trial, e comenta sobre os resultados do estudo que pode mudar o paradigma de tratamento de fibrilação atrial. Quer saber mais? Acesse e confira na íntegra!  

Neste vídeo, Dr. Renato Lopes inicia a discussão comentando sobre o impacto dos “wearables” na detecção de fibrilação atrial (FA) fora do consultório e levanta os principais questionamentos sobre como realizar o monitoramento efetivo desses pacientes, em diferentes grupos de risco, de maneira que a detecção precoce de FA possa auxiliar na prevenção de outras condições como AVC.  

O especialista comenta que, atualmente, não existem estudos disponíveis que comprovem que o monitoramento contínuo de FA seja capaz de reduzir a ocorrência de AVC e ressalta a discordância da diretriz americana em relação à europeia para monitoramento sistemático de FA. 

O estudo GUARD-AF foi realizado com participantes com 70 anos ou mais, sem detecção prévia de FA, sem uso de anticoagulantes e que possuíam plano de saúde, para facilitar o acesso ao prontuário eletrônico. Foram excluídos participantes que tinham FA subclínica, dispositivos implantados e/ou contraindicação para anticoagulantes. Os pacientes foram randomizados para monitoramento contínuo com dispositivo eletrocardiográfico por 14 dias ou para acompanhamento clínico ambulatorial.  

Dr. Renato comenta as taxas de FA clínica e de utilização de anticoagulantes observadas nos dois grupos do estudo e reforça a importância do cuidado primário para identificar outros fatores de risco nesse perfil de pacientes.  

Apesar de ainda ser necessária uma amostra maior para avaliar de maneira estatisticamente significativa a relação da detecção precoce de FA com a redução de AVC, os resultados iniciais são promissores para compreender melhor esse perfil de pacientes.