Durante o evento “A Year in Review in Cardiology”, os Drs. Pedro Barros1 e Remo Furtado2, destacaram os benefícios da semaglutida em relação a desfechos cardiovasculares em pacientes com IMC ≥ 27 sem diabetes. Não perca os comentários exclusivos dos especialistas e descubra como essas evidências estão redefinindo as diretrizes de manejo da obesidade e suas comorbidades. Assista e confira todos os detalhes!
1- Médico Cardiologista, Senior Trialist do BCRI, Diretor de Ensino e Coordenador da Pós-graduação em Pesquisa Clínica do Med.IQ Academy
2- Médico Cardiologista, Diretor de Pesquisa do BCRI, Coordenador da Pós-graduação em Pesquisa Clínica da Med.IQ Academy e Diretor de Pesquisa do BCRI
O controle rigoroso do LDL, da pressão arterial, a adoção de hábitos de vida saudáveis e o uso de antitrombóticos sempre foram considerados os pilares fundamentais do tratamento da Síndrome Coronária Crônica. No entanto, o estudo SELECT trouxe um novo paradigma ao introduzir o índice de massa corporal (IMC) como um indicador relevante, evidenciando benefícios cardiovasculares adicionais com o uso de semaglutida em pacientes com IMC ≥ 27, mesmo na ausência de diabetes. Este estudo randomizado e controlado por placebo incluiu cerca de 18.000 pacientes com IMC ≥ 27 e doença aterosclerótica, mas sem diabetes, avaliando o uso de semaglutida em doses de até 2,4 mg por semana.
Os resultados mostraram redução significativa de eventos cardiovasculares maiores e menor mortalidade total no grupo semaglutida. Com base nesses achados, as diretrizes da Sociedade Europeia de Cardiologia de 2024 incluíram o uso de semaglutida, um agonista de GLP-1, como recomendação classe IIaB para pacientes com síndrome coronária crônica e IMC ≥ 272. Esta inclusão destaca a relevância de incorporar a avaliação de peso e IMC na prática clínica, ampliando as estratégias de manejo da obesidade para melhorar desfechos cardiovasculares.